quarta-feira, 31 de outubro de 2012

27/10/2012 - Mini maratona Santos Dumont Base Aérea - 2012

Mini maratona Santos Dumont Base Aérea - 2012
Corrida com inscrição gratuita e ainda mais com percurso dentro da Base aérea de Florianópolis é garantia de presença de muitos atletas. Tanto que as inscrições se encerraram faltando quase 2 meses para a prova.

Essa é umas das poucas provas que consegui fazer pelo 4o ano consecutivo. Isso é legal, pois me permite verificar a minha evolução, ou não. Em 2009, com um percurso um pouco mais longo, o meu tempo foi 55min10s. Em 2010 baixou para 48min49s. Em 2011 melhorei pouca coisa, 48min02s. E agora em 2012 o objetivo era baixar dos 48 minutos.

Na chegada, encontrei com vários amigos “Loucos por Corridas”, aliás quase todos. Nem dava tempo pra conversar com todo mundo. Se no início das minhas participações em corridas a espera pela largada era uma eternidade, agora o período antes da largada passa voando.

A buzina soou quase na hora marcada, 16h05min. O percurso de praticamente 10 Km seria feito primeiro no sentido do morro, já conhecido, mas não menos difícil. Melhor assim, pois enfrentar o morro na parte final da corrida ninguém merece.

Não tinha grandes pretensões de tempo para essa prova. Eu não iria dar tudo de mim, pois estava na expectativa de participar da meia maratona de Pomerode. E isso dependeria muito do estado que eu me encontraria no final. Mas isso também não significaria que eu deixaria de brigar por um tempo melhor que o do ano passado.

Posicionei-me no pelotão intermediário na largada. Isso para não cair na tentação de sair forte demais. Larguei bem tranquilo e parecia até devagar demais. Eu sabia que o morro viria rápido e não queria me esforçar demais antes dele. Vários atletas largaram forte e eu mal conseguia acompanhá-los. Eis que surge o início do morro. Aos poucos fui ganhando várias posições, pois o morro não perdoava e já fazia alguns atletas caminhar.

Após vencer o primeiro morro logicamente vem uma descidinha, mas logo engata uma outra subida em piso de  paralelepípedo, onde percorremos até a ponta extrema da base para fazer o retorno. Não acredito que fiz isso. Logo após o retorno percebi que tinha cometido um erro infantil. Tinha esquecido de amarrar direito o cadarço do tênis esquerdo. Resultado, o laço se soltou e eu tive que fazer um pit stop para amarrá-lo novamente. Foi rapidinho, mas mesmo assim quebra o ritmo e perdem-se alguns segundos e posições, principalmente no começo da prova. O registro do meu 2oKm mostra isso.

1º Km – 04:53
4º Km – 04:52
7º Km – 04:45
650 m – 02:57
2º Km - 05:13
5º Km - 04:52
8º Km - 04:51

3º Km - 04:35
6º Km - 04:51
9º Km - 04:56


Mesmo com o pit stop não planejado, o percurso pelos morros já foi o suficiente para me deixar bastante cansado, e isso já me fazia imaginar que o restante da prova não seria nada fácil, apesar dos próximos 7 Km aproximadamente serem planos.

No 3o Km com o embalo da última descida antes de ganhar o trecho plano consegui fazer ainda um pace bom, mas depois ele voltou a ser superior aos 4:50 min/Km. Seguimos em direção a entrada da base aérea e a minha corrida já estava bastante sofrida por conta do esforço inicial. Não estava conseguindo achar o meu melhor dos ritmos. Imaginava que isso aconteceria após o 4oKm, que normalmente acontece, mas pelo contrário.

No final do 6oKm foi o retorno, próxima a portaria. Tentei ver se ainda era possível melhorar um pouco o pace, mas só consegui um pouquinho. Tive que me contentar no ritmo possível para não quebrar na prova. Ainda tinha em mente a minha possível participação na meia maratona do dia seguinte.

Fui chegando ao final da prova muito mal. Normalmente consigo dar um sprint final e fazer algumas ultrapassagens, mas dessa vez estava totalmente sem condições. Fui ultrapassado por vários atletas, sem chances de acompanhá-los. Aliás, o nível da prova estava bastante alto, principalmente da minha categoria.

Cruzei o portal de chegada com o tempo de 46min46s e me sentindo bem enjoado. Fazia tempo que não sentia isso. Só depois de alguns minutos fui melhorando. Tive que me hidratar bem, pois estava um pouco abafado. Naquele momento eu estava sem as mínimas condições de enfrentar uma viagem de 2 horas e meia e participar de uma meia maratona em Pomerode.

O legal foi que consegui abaixar o meu tempo em relação ao ano passado em 1min16s, e com um pit stop ainda. Fiquei um pouco mais para assistir as premiações dos amigos e em seguida fui para casa um pouco desanimado para a meia maratona do dia seguinte. Estava me sentindo muito desgastado.
 Portal de chegada na Base Aérea com Guilherme e Luísa
 A largada
 Partindo
 Chegando muito cansado
 Cheguei: 46min46s
Tentando me recuperar
Local: Base aérea de Florianópolis / SC
Data: 27/10/2012 
Horário: 16:00 Hs 
Distância: 10 Km (9,65 Km) 

Inscrição: gratuita  
Kit: Número do peito    

Tempo: 46min46s
Pace: 4:51 min/Km

Colocação: 11 de 17 (categoria 40-44 anos)
Colocação: 62 de 154 (masculino)
Colocação: 65 de 194 (geral)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

19/10/2012 - Circuito de Corridas Caixa - Etapa São Paulo

Circuito de Corridas Caixa - Etapa São Paulo

SportNews - 14/10/2012 - Circuito de Corrida Caixa - Etapa São Paulo
37 seg - camiseta vermelha

Essa foi a minha primeira participação em uma corrida do Circuito Caixa de Corridas. Por meio de uma promoção feita pelo twitter ganhei a inscrição para participar da Etapa de São Paulo. Normalmente o valor da inscrição é R$ 50 e para correntistas da Caixa Econômica metade do valor.

Eu estava com dúvida em ir para São Paulo participar, mas um conjunto de felizes coincidências acabou viabilizando a minha participação: promoção de tarifas aéreas, aniversário da minha sobrinha, visita aos meus pais, e uma semana que eu não tinha nenhuma corrida programada (depois apareceram duas aqui na região).

A programação para o final de semana era apertada, chegada no sábado de manhã, retirada do kit, almoço e festinha de aniversário da minha sobrinha, um pouco de descanso e conversas com a família (foi bem pouco mesmo), corrida na manhã de domingo, visita aos irmãos e retorno para Santa Catarina no final da tarde.

Nas corridas aqui em Santa Catarina a logística para chegar ao local da prova é bem mais tranquila. Em São Paulo tudo fica muito mais complicado, com ruas fechadas e sem muitos locais de estacionamento na redondeza. Além dos famosos flanelinhas. Bom mesmo é quando tem metrô por perto, mas nesse caso não era tão perto assim.

Como tinha parado de chover, resolvemos deixar o carro na casa da minha irmã e seguir caminhando até o Estádio do Pacaembú. Minha mãe também foi junto. Conforme o GPS do celular indicou, esse percurso foi de aproximadamente 3 Km. Já deu pra dar uma aquecidinha e conhecer parte do percurso. Acabei tendo que ir trotando para poder chegar a tempo de retirar o chip que tinha horário limite até 7:30. Cheguei faltando uns 10 minutos. Minha mãe e minha irmã foram andando, aproveitando que a Av. Pacaembú já estava fechada.

No local da largada, enquanto aguardava o horário, tive o prazer de conhecer pessoalmente o amigo, que até então era virtual, Fábio Namiuti. Ele também é um forte adepto das corridas de rua e tem um dos blogs de corredores que considero o mais completo. Vale a pena conferir, ele tem uma história bastante interessante de superação.

Não consegui me posicionar muito bem na largada, pois lá o pessoal já se alinha bem cedo e a largura da pista era estreita. Fui indo para frente até onde era possível, mas acho que fiquei no bloco intermediário, onde encontrei o Fabio novamente e conversamos mais um pouco. Minha esperança é que a dispersão na largada fosse rápida.

Havia duas modalidades de distâncias: 5 Km e 10 Km, com aproximadamente 3 mil atletas inscritos. Eu participei na distãncia de 10 Km. A prova contaria também com a participação do Marílson Gomes dos Santos e o queniano Hillary Kipgetch Kibet, que iriam brigar até os últimos metros pela vitória.

Voltando a minha realidade, fiz uma largada tentando controlar a empolgação, saindo meio travado por conta de alguns grupos de corredores que seguiam em bloco. Até sair do estádio não tinha espaço algum para ultrapassagens. Por um lado até que foi bom para não sair forte demais, mas por outro, nos exige fazer manobras, driblando e achando brechas entre os atletas.

Como eu tinha vindo pelo percurso da prova, já sabia que no final dos 10 Km encontraria uma boa subidinha, principalmente perto da chegada no estádio. Não era muito forte, mas era contínua. Acredito que nos últimos 1,5 Km. Por isso já larguei pensando nisso.

Os dois primeiros quilômetros foi muito bem, dentro do esperado e sem estar morrendo. O problema começou quando saímos da Av. Pacaembu. Não sei por quais ruas passei, mas o fato é que pegamos umas belas subidas que fizeram meu ritmo cair bem. Fazer uma prova com pace regular já estava descartado. O tempo que costumo perder nas subidas não consigo recuperar nas descidas. Isso é fato.


1º Km – 04:31
4º Km – 04:43
7º Km – 04:34
10º Km – 04:58
2º Km - 04:27
5º Km - 04:38
8º Km - 04:28
100m - 00:26
3º Km - 04:56
6º Km - 04:32
9º Km - 04:40


Em seguida entramos pelo Elevado Costa e Silva, que de início também apresentou uma pequena elevação. Mais alguns segundos perdidos. Comecei então a ouvir as sirenes e pude perceber que estava bem perto do Marílson e do queniano. Só que com um detalhe, eu indo e eles já voltando. Como eles correm fácil. Passaram voando.

Continuei seguindo pelo elevado, agora já com espaço mais livre para correr. Fomos até o final, quando demos uma voltinha por mais algumas ruas parar retornamos. Nesses trechos estava me sentindo meio pesado e mais cansado por conta das pequenas elevações.

Na volta pelo elevado lá fui eu tentar retomar o meu ritmo, que consegui somente lá pelo 6º Km, onde as coisas já andavam mais planas. Apesar de saber que não conseguiria abaixar o meu tempo na distância, estava me sentindo bem, conseguindo fazer várias ultrapassagens, até que me vi emparelhado com uma senhora com mais de 50 anos que estava tocando no mesmo ritmo que eu. Ela passava e todo mundo gritava do outro lado dando aquele incentivo. Acho que o nome dela era Maria. Fiquei admirado com o desempenho dessa senhora. Que disposição e que juventude. Espero chegar bem assim aos meus 50 anos.

Do 6º Km ao 8º Km consegui aguentar no meu pace desejável. Mas chegou o trecho final com a Av. Pacaembu. As coisas não seriam fáceis a essa altura. Tentei ainda manter o pace, mas o trecho em aclive impedia, e eu ia perdendo as minhas forças. Quanto mais me aproximava da chegada mais difícil ficava e mais devagar eu ia. Já perto do estádio mal conseguia correr direito por tentar manter o pace. Só consegui ainda dar uma última acelerada já dentro do estádio.

O final é bem interessante, pois chegamos pela pista e o pessoal fica assistindo das arquibancadas, que estavam abertas ao público. É uma sensação muito legal chegar pelos portões e adentrar no estádio. Concluí a prova em 46min54s, um pouco longe do que eu gostaria, que seriam os 45 minutos. Mas pela altimetria da prova acho que foi um bom resultado.

Na chegada, diferente das corridas que temos normalmente por aqui, após recebermos a medalha, foi entregue uma sacolinha com uma banana, uma maçã e um isotônico. Por aqui as frutas ficam a disposição nas mesas.

Fui ao encontro da minha mãe e a minha irmã e lá fomos nós percorrer mais 3 Km de volta. Elas não participaram da corrida, mas fizeram uns bons 6 Km de caminhada. O legal foi que logo chegando na casa da minha irmã, o resultado integral já estava disponível no site. Muito bom mesmo.

Fiquei fã do Circuito Caixa de Corridas. Muito bem organizada. Só tem um problema, precisa trazer uma etapa para Florianópolis / SC.
 Minha mãe sempre me prestigiando quando possível
 Encontrando o Fábio Namiuti de São José dos Campos
  Tô ali no meio
  Foi dada a largada
  Marílson e o queniano brigando passo-a-passo até o final
 No percurso
 Certificado - Já estava disponível logo depois da corrida

Local: Estádio do Pacaembú - São Paulo/SP
Data: 14/10/2012 
Horário: 8:15 Hs 
Distância: 10 Km (10,1 Km) 

Inscrição: gratuito (ganhei no sorteio - Preço normal R$ 50)
Kit: camiseta, número do peito e chip    

Tempo: 46min54s
Pace: 4:39 min/Km

Colocação: 17 de 162 (categoria 40-44 anos)
Colocação: 208 de 1097 (masculino)
Colocação: 233 de 1328 (geral)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

30/09/2012 - Maratona da Caixa de Santa Catarina

Maratona da Caixa de Santa Catarina


Essa tinha tudo pra ser a minha melhor maratona, a terceira. Sem dúvida nenhuma estava muito mais preparado e com mais rodagem que as duas outras anteriores. Além disso, não sentia nenhuma dor e não tinha nenhuma gripe para prejudicar o meu desempenho.

Estava tudo dentro das expectativas. Até tive a grata satisfação de poder ter uma entrevista publicada na edição de domingo do principal jornal do Estado, o Diário Catarinense, onde contava um pouco sobre o motivo do início da minha vida de corredor e os meus objetivos para essa Maratona de Santa Catarina. Curti bastante.

Cheguei bem cedo na passarela Nego Quirido, junto com o Ênio, que completaria a sua 100ª corrida, e com promessa de bolo e tudo. Depois de registrar a foto oficial da corrida no totem, fomos conhecer a tenda dos Loucos por Corridas do nosso amigo Sebastião, que iria correr a maratona vestido de Guga. A tenda serviu de ponto de apoio para os amigos de grupo. Muito legal. Por lá encontramos vários amigos que iriam participar da maratona, das corridas rústicas de 5 Km e 10 Km, e os que foram dar apoio e fazer a cobertura do evento. Destaque para o nosso amigo Sebastião que iria correr caracterizado de GUGA e que promovia uma bela ação social para crianças carentes. O tempo de espera passou voando.

A largada da maratona foi às 7:30, diferenciada das provas de 5 Km e 10 Km, que só ocorreram às 8:30. Isso é bom, para evitar aquele congestionamento inicial com grande número de atletas na largada e para evitarmos o sol mais intenso próximo do meio-dia.

A minha estratégia para a maratona era fazer um pace médio entre 5:20 e 5:30, durante os 30 primeiros quilômetros, e depois levar os últimos 12 Km com paces abaixo de 6:00. No garmin, pela primeira vez em corridas, programei o recurso do pacer virtual para 5:20 min/Km para que eu tivesse um referencial de como estaria indo. Esse recurso disponibiliza quantos metros e quanto tempo estou a frente ou atrás do pace programado.

Logo de início tivemos a primeira passagem pelo túnel, rumo a beira mar sul. O sinal do GPS do Garmin deixa de funcionar quando estamos literalmente dentro do túnel. Por isso as indicações de pace nesse local não são corretas, e é preciso tirar uma média dos dois quilômetros para termos uma informação um pouco mais confiável. No meu caso, a média do pace dos dois quilômetros iniciais foi de 5:09.

Avançamos aproximadamente 6 Km pela beira mar sul, quando fizemos o retorno. Estava conseguindo correr próximo do meu pace objetivo mínimo de 5:20 e me sentia muito bem. Pontos de hidratação não faltaram. Até tive que usar a logística de pegar em uma e não na outra de tanta água e isotônico. Melhor assim.

Se por um lado a ida estava bem tranquila, a volta da beira mar sul já se mostrava um pouco mais pesada. Começava aí uma pequena luta contra o vento, que duraria pelo menos por mais uns 13 quilômetros. Na empolgação do começo e me controlando com o pacer virtual fui conseguindo manter o ritmo, mas com um pouco mais de esforço. Sem querer, isso pode ter afetado o final da minha maratona.

Próximo novamente ao túnel tivemos a oportunidade de passar pelos atletas que estavam participando da prova de 5 Km e 10 Km e vinham do outro lado da pista em sentido contrário. Isso dá uma energia legal, com várias palavras de incentivo dos amigos que passavam pela gente. Um pouco mais adiante passamos em frente à passarela do samba, completando os 12 Km iniciais. Novamente mais uma dose de energia dos amigos que ali estavam e belos registros fotográficos.

A partir daí a corrida se tornaria mais solitária, no longo trecho pela beira mar norte. Ainda contra o vento, mas com a temperatura ainda bem agradável, me esforçava para não deixar o pace subir muito. Não estava fácil mantê-lo próximo dos 5:30. Isso durou até o 18º Km. Tudo ainda dentro do planejado. Eu não imaginava que o fator vento tivesse tanta influência, mas revendo os meus quilômetros que se seguiram sem o vento contra pude perceber que de alguma forma ele tinha me afetado, deixando o meu pace pelo menos uns 10s a mais por Km. Estava completando então a metade da maratona, registrando a minha passagem com aproximadamente 1h53min. Um pouco mais a frente era o retorno do lado da beira mar norte, já próximo a UFSC. Ocorreu na altura do 22º Km. Tudo indo muito bem e dentro do previsto.

1º Km – 06:51
10º Km – 05:27
19º Km – 05:22
28º Km – 05:34
37º Km – 11:01
2º Km - 03:27
11º Km - 08:21
20º Km - 05:21
29º Km - 05:32
38º Km - 11:27
3º Km - 05:18
12º Km - 02:06
21º Km - 05:25
30º Km - 05:37
39º Km – 11:05
4º Km - 05:22
13º Km - 05:16
22º Km - 05:23
31º Km - 05:36
40º Km - 10:59
5º Km - 05:17
14º Km - 05:31
23º Km - 05:10
32º Km - 05:44
41º Km - 10:53
6º Km - 05:14
15º Km - 05:30
24º Km - 05:29
33º Km - 09:14
42º Km - 09:24
7º Km - 05:15
16º Km - 05:33
25º Km - 05:37
34º Km - 11:05
 590m - 04:37
8º Km - 05:23
17º Km - 05:28
26º Km - 05:32
35º Km - 10:44

9º Km - 05:25
18º Km - 05:31
27º Km - 05:25
36º Km - 10:24


Agora só faltava um pouco menos que a metade. Nesse trajeto de volta da beira mar norte, foi ficando um pouco mais complicado. O cansaço já começava a dar os primeiros sinais, a temperatura ficava mais quente, e as pernas começavam a pesar. Novamente o ritmo caía, mas pouca coisa acima do meu objetivo. Brigava para não deixar cair o ritmo. Tinha certeza que a primeira parte dos 30 Km conseguiria cumprir, pois me sentia bem e muito confiante. 

Avançava já imaginando e preocupado com os quilômetros finais. Será que conseguiria manter o ritmo? Logo veio a minha passagem pelo 30º Km, ainda na beira mar norte. O tempo foi de 2h41min44s, e com o pace médio de 5:23. Primeira parte comprida e devidamente cumprida. Somente mais 12 Km para percorrer e eu ainda tinha pouco mais de 1h15min para concluir a minha maratona dentro do objetivo sub-4horas. Aparentemente parecia ser bem tranquilo.

Já estava chegando novamente próximo a passarela Nego Quirido e pouco antes de completar os 32 Km comecei a sentir as primeiras fisgadas na perna esquerda. Diminuí um pouco o ritmo e imaginei que isso passaria naturalmente. Na maratona do ano passado também comecei a sentir essas mesmas fisgadas a essa mesma altura e só consegui concluí-la, reduzindo drasticamente o ritmo.

Mais alguns metros e as fisgadas se mostravam cada vez mais presentes, mas ao contrário do ano passado, tentei sustentar o ritmo. Até que adentrei literalmente pela passarela do samba. Estava difícil até pra posar para as fotos. Já passava com a quebra do ritmo que vinha mantendo, mas somou-se um banho de energia renovada por rever os amigos que apoiavam do lado de fora. Essa energia ajuda muito principalmente nessa passagem, em que estamos entrando nos momentos mais críticos da prova.

Ganhei ainda o reforço a escolta da amiga Denise que me deu força e me acompanhou até a entrada do túnel. A partir daí iríamos repetir o percurso inicial pela beira mar sul.  As fisgadas estavam se tornando cada vez mais frequentes. Eu diminuí um pouco mais o ritmo, mas não queria parar. Até que, bem no meio do túnel, a alguns metros da placa de 33 Km, uma forte câimbra na perna esquerda me pegou de jeito a minha batata da perna virou uma bola. Simplesmente desabei no chão de tanta dor. Nem conseguia esticar as minhas pernas.

De todos os medos que eu tinha para maratona esse era o meu maior, pois sabia que se ocorresse me tiraria da prova. Fazia anos que não tinha esse tipo de câimbra  Nunca tinha ocorrido desde que comecei a correr. A dor era intensa e inicialmente o fotógrafo da Focoradical que estava por ali me ajudou. Em seguida um outro atleta que vinha logo atrás, vendo o meu estado parou e me ajudou a alongar a perna colocando a bolota no seu devido lugar. Sou muito grato a eles, pois estava totalmente sem ação. Como o pessoal é solidário. Nesse esporte, principalmente na maratona, as pessoas estão brigando para vencerem os seus limites e nem por isso deixam de ajudar os outros participantes quanto estes estão em dificuldades. Tentei me levantar em seguida pra continuar e a cãimbra também voltou novamente. Outra esticada da perna pra colocar no lugar.

Um pouco mais recuperado, disse então ao amigo para continuar que eu ficaria bem. Fiquei sentado ali olhando o túnel e vendo os outros atletas passarem por mim durante uns 5 minutos. Eu não me conformava. Tinha treinado tanto para o meu objetivo e estava indo bem. Entretanto, com esse acontecimento inesperado não iria mais conseguir. Pior ainda, nem conseguiria concluir a maratona. Já estava pensando de que forma voltaria. Pedi ajuda ao fotógrafo que ainda estava por ali, para me levantar, coisa que não foi nada fácil. Aos poucos fui andando e testando dar os primeiros passos. Olhei para o cronômetro que mostrava cerca de 3h02min na placa dos 33 Km. Eram somente 9 Km. Pensei, mesmo andando, consigo completar os 9 Km em pouco mais de 1h30min. Daria ainda para concluir em menos de 5 horas, se a maldita não voltasse.

Comecei então a caminhar bem devagar já conformado de não conseguir o meu tão almejado objetivo, mas pensando sim em conseguir completar a maratona. Mudança total de planos. Nem tinha coragem de ensaiar um trote, pois estava muito dolorido e com certeza a câimbra voltaria. Fui então curtindo o visual da beira mar sul, conversando com outros atletas que também passavam e caminhavam, me hidratando bastante, fiz algumas filmagens com o celular, e fui me ocupando para o tempo passar mais rápido. Uma maratona já demora, andando então, demora uma eternidade.

Por volta do 36o Km o amigo Renato chegava próximo e vinha bastante desgastado também, por conta de uma gripe nas vésperas da maratona. Aproveitamos e seguimos juntos, caminhando... Fizemos o retorno da beira mar sul e ganhamos o trecho final de quase 6 Km ainda, contra o vento. Pelo menos o tempo passou bem mais rápido. Fomos conversando e vendo os muitos amigos e conhecidos passarem. Da minha parte não havia mais o que fazer. Tinha mais é que ficar feliz por conseguir estar completando a maratona.

Novamente o vento forte vinha ao nosso encontro, mas a essa altura do campeonato já não importava muito. Só deixava um pouco mais frio. Eu só queria ver logo o túnel, pois seria a nossa última passagem por ele e era a indicação de estarmos no quilômetro final. Finalmente conseguimos passar por ele e logo ganharíamos a passarela do samba para finalmente chegarmos.

O Renato ainda conseguiu voltar a correr para a chegada. Eu nem arrisquei. Só na passarela mesmo que ensaiei um trote final com as pernas todas duras. Por mais que tivesse sido difícil essa última parte, a alegria de poder completar uma maratona é sempre muito gratificante, ainda mais ouvindo a galera toda gritando na chegada. A passagem pelo portal é uma emoção à parte. Tinha finalmente conseguido completar a minha 3a maratona e ainda abaixo das 5 horas, 4h43min58s. Juro que dessa vez não pensei: nunca mais faço uma maratona. Pelo contrário, fiquei com um nó na garganta de revanche. Ano que vem estaremos lá de novo e o desafio vai ser maior.

Depois de pegar a bonita medalha e repor as energias com água e uma boa salada de frutas, fui assistir a chegada dos outros “Loucos por Corridas”. Todos chegando muito bem e devidamente escoltados. Chegadas emocionantes, algumas até com dancinha de Gangnam Style.

Após a chegada de todos ainda tivemos o tão bem-vindo bolo em comemoração à 100a corrida do nosso amigo Ênio. Como caiu bem !!! Parabéns, Ênio. Que possamos ter várias comemorações centenárias pela frente !!!

 Eu e o Sebastião Guga Santos
 Foi dada a largada. Vamos aos 42 Km.
 1a. passagem. Por enquanto só alegria
 Ponte Hercílio Luz ao fundo e com o vento contra (ida)
No Km 32 (volta)
 Começava aqui o meu drama. Primeiras fisgadas mais fortes na perna esquerda
Fim de maratona ? Não. Muita dor. Solidariedade do amigo que passava e me ajudou. 
Demorou, mas cheguei. 
Muito feliz por ter conseguido completar a maratona

Local: Beira mar de Florianópolis - FLN/SC
Data: 30/09/2012 
Horário: 7:30 Hs 
Distância: 42,195 

Inscrição: R$ 77,80
Kit: camiseta, meia, porta número, número do peito e chip    

Tempo: 4h43min58s
Pace: 6:44 min/Km

Colocação: 76 de 90 (categoria 40-44 anos)
Colocação: 393 de 460 (masculino)
Colocação: 445 de 534 (geral)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

23/09/2012 - Corrida da Primavera dos Perebas

Corrida da Primavera dos Perebas - FLN/SC

Depois uma corridinha forte de 5 Km durante o período da manhã. Lá estava eu e mais alguns loucos por corridas participando de mais uma edição da Corrida dos Perebas, realizada sempre no mesmo local e com a mesma dificuldade de percurso entre altos e baixos. Gosto disso pra verificar a minha melhora, ou piora nos tempos.

Na verdade acho que não deveria estar fazendo isso em uma semana véspera de Maratona, mas não pude resistir. Dessa vez ia usar mais como um treino mesmo em morros, pois não estava com muita força e disposição para uma outra corrida forte.

Como de costume, primeiro foram realizadas as provas infantis, nas várias faixas etárias. Nessa oportunidade havia mais crianças no evento que adultos. Pouco depois das 16 horas foi dada a largada principal, com a participação de aproximadamente 40 atletas. Eram poucos, mas de excelente nível.

Eu iniciei a corrida de forma bastante conservadora, mesmo porque ela já começa com uma baita de uma subida. Não era prova pra bater recorde pessoal, que ainda se mantém em 26min32s. Então, parti com a idéia de fazer um treino forte, mas sem correr no limite.

Já na largada fiquei para trás, pois a maioria dos atletas saiu bem forte. Após vencer a subida inicial comecei a entrar em um ritmo melhor e mais constante. Com isso fui recuperando algumas posições. Sentia que podia forçar um pouco mais, mas dessa vez preferi não levar no meu limite. Simplesmente iria correr forte.

1º Km - 05:00
4º Km - 04:46
2º Km - 04:49
5º Km - 05:14
3º Km - 04:48
750m – 03:16

Entre o 2o e o 4o Km consegui manter um ritmo bem constante, pois apesar dos morros, eles não eram tão acentuados, o que não ocorre no início e no final do percurso. As provas do Pereba eu tenho uma tremenda dificuldade no último quilômetro, onde chegamos já exaustos e temos que enfrentar uma longa e acentuada subida. Não tem como manter o ritmo. Pelo menos para mim é impossível. A parte boa é que depois da subida tem uma longa e acentuada descida que termina já na chegada. Porém merece um certo cuidado, pois qualquer deslize pode render um belo tombo.

O meu tempo foi de 27min53s, o suficiente pra ficar sem o cachorro-quente que geralmente sobra da corrida das crianças. Mas tinha bastante banana e suco pra compensar. Pelo tempo final até que não achei tão mal pelas circunstâncias. O que vale nessa corrida é a proposta social.
Próxima parada: Maratona de Santa Catarina 2012

 Pronto para mais uma
 Largada das crianças e alguns Loucos por Corridas
Anselmo, Ênio e eu em rodada dupla
Largada das crianças com o Bruninho
 Pra baixo todo santo ajuda...chegando,
Dessa vez nem deu pra ficar no podium

Local: Abraão - FLN/SC
Data: 23/09/2012 
Horário: 16:00 Hs 
Distância: 6Km (5,750 Km) 

Inscrição: 1 Kg de alimento
Kit: não tem    

Tempo: 27min52s
Pace: 4:51 min/Km

Colocação: 06 de 06 (categoria 40-44 anos)
Colocação: 24 de 37 (masculino)
Colocação: 24 de 39 (geral)