terça-feira, 28 de junho de 2016

25/06/2016 - Mountain Do Costão do Santinho - FLN/SC

Foto: Mário Sérgio Jesus (Focoradical)
Mountain Do Costão do Santinho 2016

VÍDEO DA LARGADA DO 
MOUNTAIN DO COSTÃO DO SANTINHO - 8 Km
 

Esse ano estava com uma enorme dúvida se conseguiria participar do MD Costão do Santinho. É que o investimento é meio pesadinho. Já estava abortando a ideia quando, para a minha surpresa, no dia 12 de junho (dia dos namorados), recebi de presente da minha querida Aninha a inscrição para poder participar da prova na distância de 8 Km. Depois do ano passado fiquei meio traumatizado com as distâncias maiores dessa prova. Ela também iria me acompanhar nessa distância. Amei e nem preciso dizer que fiquei extremamente feliz. Muitíssimo obrigado !!! Tem presente melhor para um corredor ?

O MD Costão do Santinho é uma das provas de montanhas mais lindas com as belas paisagens do norte da Ilha, sendo também considerada a mais técnica do Brasil. O seu percurso passa por diversos tipos de terrenos: bosques, dunas, praias, montanhas, trilhas, estrada de chão, costões, asfalto e muita lama. Tem pisos e níveis de dificuldades para todos os gostos. A aventura é garantida.

O evento começa na sexta-feira (véspera da prova) com a retirada do kit, sempre mantendo um excelente padrão. Só achei que a cor da camiseta poderia ter sido diferente em relação a do ano passado, branca. Também havia para os visitantes uma Expo com produtos esportivos e alguns serviços, vários painéis para fotos e informativos, o simpósio com a presença ilustre do medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima, e fechando a noite um farto e delicioso coquetel com vários tipos de salgados e doces. O problema de comer tanto é que é na noite véspera da prova.

Uma dica para o pessoal que vai de carro nos 3 dias é estacionar um pouco antes da entrada do Resort do Costão do Santinho (uns 200m antes), na descida que dá acesso a praia. O valor do estacionamento ao lado do evento estava R$ 25 a diária. Em 3 dias fica meio puxado.

Para não deixar ninguém de fora, essa prova conta com 3 distâncias, todas individuais: 8 Km, 22 Km e 42 Km. Ano passado participei na distância de 22 Km e confesso que para quem não está preparado para esse tipo de terreno foi muito sacrificante, principalmente a parte final no Morro das Aranhas. Esse ano não quis repetir porque sofri muito com as cãibras que sempre me perseguem.

O dia da prova estava excelente. Nem muito frio, nem muito quente. Diria que estava ideal para uma boa corrida. Durante os preparativos pré-prova, encontrei o amigo Juan Pablo que curiosamente iria estrear o seu novo pisante para provas de montanhas, "huaraches", que são sandálias criadas pelo povo indígena do México. Vale a pena conferir como foi essa experiência no blog "El Flaco", onde o Juan conta em detalhes como foi.

As largadas para as 3 distâncias foram em horários diferentes. O pessoal dos 42 Km largou mais cedo, às 8:30. Às 9:00 foi a vez dos atletas dos 22 Km, e às 9:30 lá fomos eu e a Aninha com o pessoal dos 8 Km. Tivemos o prazer de largar junto com o padrinho da prova, o Vanderlei Cordeiro de Lima, que decidiu estrear em provas de montanha. É lógico que só vi ele na largada !!!

MOUNTAIN DO COSTÃO DO SANTINHO - LARGADA 42 Km

O 1º Km da prova, saindo da entrada do Resort do Costão do Santinho é o mais tranquilo e onde é possível ainda correr normalmente. Depois acessamos a praia e fomos em sentido ao primeiro morro. Nesse trecho cruzamos com os atletas que estavam fazendo os 21 Km já voltando. A areia estava firme e também facilitou um bom ritmo por cerca de 1,5 Km.

Saindo da praia pegamos uma trilha com areia fofa e com vários pontos molhados. Aí já comecei a ter o ritmo quebrado. Isso durou até pouco mais dos 3 Km. A partir daí acabou a moleza. A trilha foi ficando fechada e as subidas cada vez mais pesadas. Aliás, boa parte desse trecho tive que subir caminhando. Minhas pernas não tinham forças e sentia as panturrilhas queimando. Muitos atletas me passavam como se eu estivesse parado. Além disso, a respiração estava super ofegante e o coração batendo a mil. Que trechinho sem fim !!! E foi cerca de 1 Km somente.

Um pouco depois do 4º Km a trilha se abriu novamente e ficou melhor pra correr, mas não menos difícil, pois eram muitas pedras, lama e agora era descida. Todo cuidado era pouco. Não dava pra soltar o freio. Pelo menos eu, porque o pessoal descia com tudo. Lá de cima tínhamos um belíssimo visual, mas também não tive muito tempo pra ficar contemplando, precisava prestar atenção por onde pisava.


No final da descida do morro, entramos pela praia do Santinho novamente com 5 Km percorridos. Nessa saída tinha um posto de hidratação, mas dessa vez, não usei nenhum deles na prova inteira. Fui a seco do começo ao fim. Agora era hora de correr atrás do prejuízo. As pernas demoraram um pouco até se acostumarem novamente ao plano. Ainda estava tudo duro. Mas aos poucos fui retomando o ritmo e recuperando algumas posições perdidas. Isso também durou somente o trecho de praia, até completar 6,5 Km de prova.

Nos últimos quilômetros, depois de sair da praia, percorrermos por parte da estrutura interna do Resort do Costão do Santinho, com várias quebradas,e escadas e muitas subidas. Paguei meus pecados por lá, até finalmente chegar na frente do Resort. Ainda tinha alguns metros a percorrer. É o tempo de se ajeitar pra não chegar tão detonado na chegada.

Impressionante foi a quantidade de staffs mobilizados em todo o percurso da prova, orientando os atletas mesmo nos trechos mais complicados. Presença também pesada dos fotógrafos que estrategicamente posicionados captavam as belas imagens que o cenário proporcionava.

Cheguei bastante exausto e fui prontamente amparado pela Fran Rasch (Massoterapeuta) da Elementos Assessoria de Eventos MT, cuja equipe prestava assistência aos atletas que chegavam. Excelente a ideia desse serviço na chegada. No meu caso foi só cansaço mesmo. Recuperado em alguns minutos. Na chegada recebemos uma toalha de rosto pra ajudar a dar uma limpadinha no estrago.

Na área de hidratação tivemos a disposição, muitas frutas, barras de cereal, água, isotônico, água de côco, biscoito, e vários tipos de sucos. Além disso, tinha a área de massagens, mas eu não pude ficar muito, pois queria ver a chegada da Aninha. Segui no sentido oposto a chegada e não demorou muito ela apareceu. Eu ainda cheio de coisas na mão consegui acompanhá-la até a entrada do funil de chegada. Fez uma excelente prova.

Completei os quase 8 Km com o tempo líquido de 52min41s. Não tinha noção como tinha me saído, mas depois conferindo o resultado vi que não tinha ido tão mal quanto imaginava, ficando em 30º na geral e 3º na categoria 45-54 anos. Pena que a premiação nos 8 Km foi só para os 5 primeiros na classificação geral.

Depois ainda ficamos assistindo um pouco a chegada do pessoal dos 21 Km. Só não deu pra ver a chegada dos 42 Km, pois tive que ir embora. Mas imagino o desgaste e a superação dos guerreiros concluintes. Ainda não tenho essa coragem.

Para encerrar o evento, no domingo, foi o almoço de premiação. Vários amigos foram premiados com lindos troféus nas diversas categorias, entre eles: Jany, Ojânio, Marcos Vinícius, Juan Pablo, Ronaldo Urbano, e a Luísa campeã geral dos 42 Km. Todos de parabéns. Ah, o Vanderlei foi o 3º colocado na prova de 8 Km, e gentilmente cedeu a sua posição no pódio para os próximos. Conforme registrado no meu relato do Mountain Do Costão do Santinho 2015. ele voltou esse ano e estreou em provas de montanhas.

Depois da entrega da premiação foi só comemorar com os amigos, e lógico, comer muito, com destaque para as delícias de sobremesa. Para quem não foi ou não pôde ficar para o almoço sugiro repensar para o ano que vem !!! Prova com excelência em matéria de organização de evento esportivo. Tudo muito bem planejado e com enorme preocupação com os atletas. Adorei esse presente !!! E recomendo.

Percurso 2016 - 8 Km (7,89 Km)

Retirada do kit: Laura, Nilton, Aninha, eu, Fabiana e Jacks 
(Foto: Jacks Morgado)
Kit do MD Costão do Santinho 2016
Massagem pré-prova com Rose Horus da Elementos Assessoria Eventos MT
 Tietando o Vanderlei Cordeiro de Lima
Com o Juan Pablo estreando o novo pisante
Chegando com a Aninha e a amiga Luísa (campeã dos 42 Km).
Antes da largada com a Aninha e a amiga e jornalista Sabine Weiler
Iara, Aninha, D. Eni, Lia e eu
(Foto: Eni Griss)
Prontos para a largada
 Descendo (Foto: Focoradical)
 Descendo II (Foto: Focoradical)
 Voltando pela praia (Foto: Emanuel Karl Galafassi - Focoradical)
Contorno para a reta final (Foto: Jefff Severino)
Cheguei !!! Tempo líquido: 52mim41s 
(Foto: Christian Schmidt Mendes - Focoradical)
Medalha na mão. Esse ano não quis encarar também aquele morro lá atrás.
No almoço de premiação com Lia, Jany e Aninha
(Foto: Jeff Severino)
Brinde as amizades e conquistas: Laura, Nilton, Lia, Jany e Aninha
Até o Nilton se rendeu a uma foto com o Vanderlei 

Local: Resort Costão do Santinho - FLN/SC
Data: 25/06/2016 
Horário: 09:30 Hs 
Distância: 8 Km (7,89 Km) 

Inscrição: 295,00 (Último lote) - Presente
Kit: Sacolão, camiseta, boné, bandana, gel, squeeze, lenço umedecido, gel de carboidrato, saches diversos, toalha (pós prova), chip descartável e número de peito.  

Tempo: 52min41s
Pace: 6:41 min/Km

Colocação: 003 de 044 (categoria 45-54 anos)
Colocação: 025 de 157 (masculino)
Colocação: 030 de 355 (geral)

quinta-feira, 23 de junho de 2016

19/06/2016 - 3ª Corrida Adria Santos - Joinville/SC

(Foto: Enio Augusto - Por Falar em Corrida)
3ª Corrida Adria Santos - Joinville/SC

Resultados

Fotos da Corrida

(by Enio Augusto - Por Falar em Corrida)

Vídeo da chegada

Pelo segundo ano consecutivo nos programamos para participar da Corrida Adria Santos, em Joinville. Sob a coordenação do amigo Renato Ventura que organizou e agilizou as inscrições e o transporte para a prova, tivemos um dia bem divertido e bem animado com os amigos loucos e loucas por corridas. Partiu aqui da grande Florianópolis um ônibus praticamente lotado.

Difícil mesmo foi acordar às 2:00 da manhã de domingo com esse frio todo que estava fazendo e embarcar às 3:45 rumo ao município de Joinville. Tive que dormir um pouco mais cedo, mas mesmo assim faltaram horas de sono e aproveitei pra dormir durante a viagem, que levou pouco mais de 2 horas.

Chegamos ao local da prova, no Centreventos Cau Hansen, próximo das 7 horas da manhã, com a largada marcada para às 8 horas. Como estava previsto, o amanhecer estava chuvoso, mas nada muito forte. Aos poucos a chuvinha fina foi passando. Só o frio intenso que continuou.

Os kits já tinham sido separados pela organização e logo foram distribuídos para o pessoal. Praticamente todos se trocaram no ônibus mesmo. Quase ninguém se arriscou a ficar lá fora por conta do frio e da chuvinha.

As alternativas de distância para a prova eram de 5 Km e 10 Km (2 voltas), além da possibilidade também da caminhada de 5 Km. Como o percurso era o mesmo do ano passado eu já imaginava que não fechariam os 10 Km efetivamente.

O objetivo para essa prova era melhorar o tempo de 2015, que tinha sido de 44min45s. Nem parecia algo tão difícil. Não parecia...O percurso todo em asfalto e o tempo bem fresquinho favoreciam uma boa performance.

Como ficamos enrolando pra sair na chuva e no frio não deu muito tempo de fazer o aquecimento direito. muito menos tirar fotos. Fomos praticamente direto para a largada. Não parecia ter muitos atletas, talvez pelo tempo nada convidativo. Mas comparando ao ano passado, a prova de 10 Km teve quase 20% a mais. Deixei um comparativo de números no final desse post.

A largada foi simultânea para todas as modalidades. A sorte é que a essa altura a chuvinha já tinha parado. Novamente saí me controlando, dentro do possível, já com a experiência do ano anterior. E posso dizer que me senti bem confiante até o final do 3º Km, passando na casa dos 13 min. Mas a partir daí parece que foi ficando mais sacrificante manter o ritmo e estava me exigindo maior esforço.

O meu pace já começava a escapar da casa dos 4:30 min/Km e eu tinha consciência que ainda teria mais uma volta. Nem me lembro de ter pego água nos postos de hidratação. Pelas condições climáticas não senti falta. Fechei então os 5 Km, completando a 1ª volta, com o tempo bem semelhante ao do ano passado, 22min10s.

2015

O problema é que para abrir a 2ª volta já estava me arrastando. Senti que não era o dia. Muito esforço, respiração a mil, e o rendimento nem tanto. A partir do 7º Km não deu mais para manter o pace abaixo de 4:40 min/Km. Faltou pulmão. Fui levando do jeito que deu até o final, já sem esperanças de melhorar o tempo.

Quando ocorre isso muito precoce em uma corrida é meio desestimulante, bem ao contrário de como havia sido no último final de semana, quando briguei até o final pelo meu novo recorde pessoal na Meia maratona de Floripa.

Finalizei a prova com o tempo líquido de 45min exatos. Um pouco decepcionado pelas condições favoráveis (percurso plano, fresquinho, sem chuva). Eu pensei até em continuar correndo para fechar os 10 Km exatos no Garmin (o meu registrou 9,4 Km), mas no esforço final acabei desistindo.

Na chegada, retirei a medalha, tomei um copo de água e um isotônico. Frutas nem consegui comer dessa vez por causa das dores devido ao esforço. Fui então lá acompanhar a chegada dos amigos e tentar buscar a Aninha. Mas ela veio bem e chegou logo em seguida, conseguindo o seu novo recorde pessoal nos 10 Km, baixando cerca de 3 minutos. Excelente !!!

Fomos nos trocar rapidamente porque o frio ardia com a camiseta molhada. Depois fomos assistir a premiação. No total, do pessoal do nosso grupo foram conquistados 9 troféus. Muito legal, pois foi uma prova bem disputada e com um nível elevadíssimo por conta da premiação em dinheiro na distância de 10 Km. Para se ter uma ideia, na minha categoria de 45-49 anos o 5º colocado fez o tempo dos 10 Km com pouco mais de 36 min.

A volta no ônibus foi bem mais animada com as conquistas !!! E o melhor da festa foi a parada no Posto Sinuelo para almoçar, e fazer umas comprinhas.

Muito bom poder unir a paixão pelas corridas e uma divertida excursão, mesmo que seja em uma manhã fria e chuvosa de domingo. Novamente o Renato está de parabéns pela super organização e disposição para viabilizar a participação desse grupo de amigos loucos e loucas por corridas em mais um grande evento esportivo. Tudo perfeito. Eu recomendo !!!

Percurso: cada volta aproximadamente 5 Km



 Eu e a Aninha um pouco antes da largada, em frente ao Centreventos Cau Hansen
Abrindo a 2ª volta. (Foto: Enio Augusto - Por Falar em Corrida)
Trecho final (Foto: Enio Augusto - Por Falar em Corrida)
É, não deu !!! (Foto: Lia Lopes)
Pessoal assistindo a premiação (Foto: Márcia Helena)
 Eu e a Aninha com a anfitriã da prova, 
Adria Santos, maior medalhista feminina paraolímpica do Brasil.
 Boa parte do grupo (Foto: Marino Casagrande)
  Selfie no ônibus em 2016. Alguns nem mudaram de lugar.
Selfie no ônibus em 2015

Local: Centroeventos Cau Hansen - Joinville/SC
Data: 19/06/2016 
Horário: 8:00 Hs
Distância: 10Km (9,94 Km) 

Inscrição: R$ 50,00
Kit: Camiseta, número de peito e chip descartável. 
Tempo: 45min
Pace: 4:31 min/Km

2016
Colocação: 013 de 026 (45-49 anos)
Colocação: 096 de 173 (masculino)
Colocação: 106 de 237 (geral)

2015
Colocação: 09 de 022 (45-49 anos)
Colocação: 58 de 153 (masculino)
Colocação: 64 de 202 (geral)

quinta-feira, 16 de junho de 2016

12/06/2016 - Meia maratona de Floripa - FLN/SC

(Foto: Focoradical)
6ª Meia Maratona de Floripa


A Meia maratona de Floripa novamente aconteceu na mesma data da Maratona de Porto Alegre. E novamente optei por correr em casa. Acho que fiz a escolha certa. Não estava fisicamente e nem psicologicamente preparado para uma maratona ainda. Quanto a meia, confesso que me empenhei um pouco para esta prova.

Além da distância principal de 21 Km, havia alternativa para as distâncias de 5 Km e 10 Km. Com a diferença que a distância de 5 Km não chegava a atravessar as pontes que separam a ilha do continente, retornando um pouco antes. Um dos grandes atrativos que faz muitos atletas virem de outros estados é essa passagem por cima das pontes, além de todo o visual da beira mar Continental e da beira mar Norte, durante quase todo o percurso.

A retirada do kit foi no Hotel Majestic na sexta e no sábado que antecederam a prova. Retirei o meu na sexta-feira e estava bem tranquilo. Tinha feito a minha inscrição com o kit básico, mas também havia opções de kits mais incrementados com cinto de hidratação ou jaqueta da prova., com valores diferenciados, é claro. Além disso, havia por lá um pequeno stand vendendo os produtos da O2. Para assinantes da revista, além de descontos, tinha como benefícios a personalização da camiseta do evento, e acesso a área VIP no dia da prova, com mesa de frutas, barras de cereais, massagem, banheiros exclusivos, e a melhor vista do portal de chegada.

Dia da Meia maratona, também era Dia dos Namorados (12/06), e tudo indicava uma temperatura bastante baixa. Era previsto algo em torno de 1ºC. Muito frio mesmo. Tinha tudo para os mais de 4.000 atletas ficarem em casa debaixo das cobertas. Mas não, os guerreiros estavam todos lá. Confesso que eu e a Aninha sofremos nas primeiras horas antes da prova, com aquele pensamento de sempre: "O é que estamos fazendo aqui ?!!!"

A previsão de temperatura se concretizou e ainda bem que sem chuva. A largada estava marcada para às 7:30. Nos programamos para chegar perto das 6:15 para conseguir um bom local para estacionar, mas dessa vez, com a grande quantidade de atletas, tivemos que deixar o carro um pouco mais afastado.

Eu ainda não sabia direito com que roupa iria correr: só com camiseta de manga comprida ou com um agasalho corta vento. O problema era saber o que fazer com ele depois que esquentasse. Preferi passar um pouco mais de frio no início e fui somente de manga comprida mesmo. Sei que em provas mais longas depois de um tempo tudo passa a incomodar.

No número do peito constava o pelotão de onde os atletas deveriam largar. Foi dividido por pace. Acho que baseado em tempos de provas anteriores. Tive o privilégio de sair no pelotão Quênia (pace de 4:30 min/Km) que ficava mais a frente. Ano passado eu estava no pelotão azul. Pode não parecer, mas isso ajuda bastante para não ficarmos presos naquela muvuca inicial.

Alguns minutos após às 7:30 foi dada a largada. Demorei poucos segundos para passar pelo portal e consequentemente ter o registro inicial do chip. Como sempre o pessoal saiu bem forte, mas agora eu já consigo me controlar mais e larguei mais contido, mesmo porque eu nem tinha feito aquecimento algum.

Os quilômetros iniciais foram meio congelantes ainda, balanceado com a adrenalina do início de prova. Percorremos toda a beira mar continental até a chegada na Ponte Pedro Ivo Campos, com cerca de 2,5 Km. Os atletas dos 5 Km voltaram antes de subir a ponte e os de 10 Km e 21 Km tiveram o privilégio de correr sobre a ponte apreciando a vista lá de cima. A pista estava parcialmente fechada.

Eu estava empolgado e confiante para essa prova e tinha como principal objetivo fazer o sub 1h40min, e de preferência bater o meu melhor tempo nela, de 1h39min46s em 2013. Com isso queria rodar o máximo possível com pace abaixo de 4:40 min/Km. E foi o que tentei fazer, sem exagerar muito.

Para atravessar a ponte pegamos uma subidinha razoável, mas como estava no início deu para vencê-la bem. O bom é que depois da subidinha veio a descidinha e acabou compensando um pouco em termos de ritmo médio. Com cerca de 4 Km de prova saímos da ponte e seguímos no sentido da beira mar norte.

Acessamos então o viaduto Rita Maria e tivemos que encarar a 2ª subidinha, mas essa bem mais curta. Não quebrou muito o ritmo. Próximo da Ponte Hercílio Luz, no 5º Km, os atletas dos 10 Km fizeram o retorno e os dos 21 Km seguiram em frente.

Estava acompanhando de perto o meu pace e sentia que estava bem. Correndo com uma certa gordurinha de tempo para a parte final. Sabia que era preciso porque a medida que vão se passando os quilômetros vai ficando mais difícil sustentar o ritmo.

Nos postos de água, mesmo com o frio, sempre pegava um copinho para molhar a boca, que estava ficando seca. Nem precisava ser gelada. Pelos termômetros que íamos passando as temperaturas registradas variavam entre 9ºC e 12ºC no máximo, um pouco melhor que antes da largada.

Todo o trecho de ida da beira mar norte até o viaduto do CIC, onde foi feito o retorno (cerca de 10,65 Km da largada) consegui me manter abaixo do pace de 4:40 min/Km. Isso foi muito bom. Tinha até uma folga para a segunda parte.

Fiz o retorno e logo lembrei de tomar o meu gel de carboidrato. Meio complicado no ritmo que eu estava. Aliás, essa parte de tomar gel pra mim é sempre um sofrimento. A medida que voltava era saudado por muitos amigos e amigas que vinham do outro lado da pista. Isso é muito legal e ajuda a gente a se manter firme. Deu também pra se ter uma boa ideia da quantidade de participantes da meia maratona. Muita gente.

Garmin - Meia maratona de Floripa O2

A partir do 12º Km com as pernas um pouco mais cansadas não consegui mais sustentar o pace abaixo de 4:40 min/Km, e fazia muita força pra não sair dessa casa. Era um trecho bom pra correr: plano, com solzinho aparecendo tímido, e a linda vista do mar à direita.

Fiz a minha passagem pelo 15º Km com o meu melhor tempo na distância, 1h08min52s. Sentia que estava indo bem. O problema é que depois dos 15 Km sei que o meu rendimento começa a despencar e ainda tería a subidinha do viaduto e da ponte pela frente. Mas só faltavam 6 Km e não podia deixar escapar essa oportunidade, já pensando em possível recorde pessoal da prova.

A partir de então segui bem concentrado, mantendo o ritmo constante até o início da subida da ponte Colombo Salles, mesmo na passagem pelo viaduto. Encontrei o amigo James próximo da ponte e corremos juntos ao longo dela. Foi o único quilômetro que o meu pace passou dos 4:50 min/Km (5:01). Não teve como.

Enquanto descia pela ponte, lembrei da dificuldade que tive no ano passado nessa parte por conta das dores e puxadas de cãibra. Esse ano apesar de cansado até que estava bem, e a medida que me aproximava da beira mar continental novamente ia ganhando mais confiança. Ouvi alguém no percurso comentar, 1h32min. Logo comecei a fazer as contas, faltando algo em torno de 1,5 Km.

Poderia aliviar um pouco e cumprir o meu principal objetivo de melhorar o tempo da prova, praticamente garantido nessa reta final. Mas dizem que é melhor não perder a concentração, e a possibilidade de bater o recorde pessoal na meia maratona me veio a cabeça. Será que dá ?

Com a proximidade da chegada a concentração do público aumentava e fui me animando, acelerando aos poucos. As pernas estavam bem. O limitante mesmo era a respiração. Nunca tinha feito um final de meia maratona tão intenso e com paces abaixo da média toda a prova.

Eis que ao longe avisto o portal de chegada registrando o tempo total de prova de 1:38:20. Meu melhor tempo em meias maratonas eram exatos 1:38:30. Nem preciso falar que o "sprint final" foi usando todas as minhas forças que restavam para fechar um novo recorde pessoal. Tempo bruto: 1h38min27s. Tempo líquido: 1h38min22s. Alegria demais, principalmente por saber que essa não é a melhor prova para tentar essa marca. Além disso, o registro do Garmin mostrava cerca de 150 metros a mais. No registro da maioria dos amigos também deu essa diferença entre 100 e 200 metros a mais.

Respirei um pouco, fui tomar água, retirei o chip do pé, com aquele dificuldade de sempre para abaixar, peguei a bonita medalha e o lanche pós prova com uma garrafa de água, isotônico em pó e algumas frutas. Bem simples. Particularmente não curti muito a entrega do isotônico em pó. Chegamos muito cansados e ter que preparar o isotônico ainda pra tomar não é muito animador.

Logo encontrei a Aninha, que tinha feito a prova de 10 Km e também bateu seu recorde pessoal na distância. Muito orgulho dela. Depois fomos para a área VIP para se trocar, se alimentar melhor, encontrar o pessoal, tirar algumas fotos, fazer uma massagem e assistir a chegada dos amigos.

O pós-prova dessa vez foi bem melhor, sem a chuva e com uma boa estrutura de painéis para fotos, banheiros químicos, massagens. Além disso, a excelente vista do cartão postal de Florianópolis, a Ponte Hercílio Luz ,ao fundo, possibilitou lindos registros para os participantes da prova. Pelas minha contas o número de concluintes na meia maratona com pouco mais de 3.400 atletas, foi quase 50% maior que no ano passado.

Dia perfeito em que tudo deu certo !!! Depois foi só comemorarmos com um belo churrasco !!!

Percurso 2016 (21,34 Km)

Kit básico com personalização da camiseta para membros do clube O2
Aninha sempre parceira mesmo nos momentos mais frios (1ºC)
 Momento pré-largada
 Viradinha pra foto no cartão postal (Foto: Focoradical)
 Pegando solzinho nada ida. (Foto: Focoradical)
 Voltando pela ponte. Falta pouco. (Foto: Focoradical)

Linda surpresa da Aninha. Amei !!! Feliz Dia dos Namorados !!! 
(Foto: Focoradical)

  Reta final (Foto: Gelson Fortes)
Merecida massagem pra me recompor um pouco. (Foto: Ana Paula Marcon)
Os dois felizes com novos recordes pessoais batidos nos 10 Km e 21 Km

Loucos e loucas por corridas pós-prova. Só alegria !!!
Medalha (Foto: Enio Augusto - Por Falar em Corrida)

Novo recorde pessoal de meias maratonas

Local: Beira mar Continental - FLN/SC
Data: 12/06/2016 
Horário: 07:30 Hs 
Distância: 21,097 Km (21,34 Km) 

Inscrição: R$ 90,51 (com desconto clube O2)
Kit: Número do peito, sacola, camiseta manga comprida, boné, gel de carboidrato e chip retornável.  

Tempo: 1h38min22s
Pace: 4:37 min/Km

2016
Colocação: 026 de 0242 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 329 de 2158 (masculino)
Colocação: 350 de 3422 (geral)


2015
Colocação: 022 de 0179 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 189 de 1391 (masculino)
Colocação: 196 de 2082 (geral)